terça-feira, 28 de abril de 2009

O Brasão de Belo Horizonte



Na última eleição para prefeito votei contra Márcio Lacerda no primeiro turno. Havia um sentimento na população de Belo Horizonte de que Aécio e Pimentel conversaram, escolheram um cara e tentavam nos empurrar goela a baixo.

Poucos dias antes da eleição, o candidato do PMDB cresceu e conseguiu levar a eleição para o segundo turno. Depois de muita briga feia, a campanha de Lacerda destruiu a imagem do oponente, tranformando-o em piada. Eu mesmo votei em Lacerda e recomendei o mesmo com as pessoas que conversava sobre política. O oponente era mesmo uma piada.

Esses dias o Lacerda me surpreendeu. Na Savassi tinha umas faixas com avisos de obras e ao lado do texto o brasão da Belo Horizonte; um dos três símbolos do município.

Achei aquilo interessante, lembrei das "comunis" na Itália. Lá, qualquer aviso do poder público vem com um brasão da "comuni" ou da região. Observei isso lá e, se não me engano, até comentei com a Paola.

Será que esse cara vai ter coragem de fazer isso? Pensei. Atitude corajosa, pois na nossa política marketeira, a marca do governo começa a ser trocada pela nova administração no primeiro dia de trabalho após a posse. Algo parecido com os cachorros que fazem xixi nos postes para demarcar o território.

Ao escolher o brasão como marca do seu governo, o prefeito agiu nos princípios da constituição, se não me engano Art.37, que fala dos princípios da impessoalidade, moralidade, legalidade, publicidade e eficiência. Coisa difícil de ver ultimamente na política.

Que imagem pode melhor ilustrar uma comunicação da prefeitura, do Estado ou da União que seus símbolos oficiais?

Nos, eleitores, temos que começar a cobrar isso dos nossos candidatos. Boa pergunta para os próximos candidatos a prefeito de Belo Horizonte nas próximas eleições: "candidato, se ganhar a eleição pretende manter o brasão da cidade como logo? Ou vai criar uma marca do seu governo?"

excelente escolha do prefeito Márcio Lacerda. Parabéns! (é difícil dizer isso a um político...)